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Fluxo de investimentos estrangeiros pode manter Ibovespa alto em 2024

Em 2023, o afluxo de mais de R$ 40 bilhões no mercado brasileiro mostrou o efeito da contribuição de investidores externos no ganho do Ibovespa.

Os investidores de fora do país, que desempenharam uma função essencial no aumento do Ibovespa em 2023 ao injetar quase R$ 40 bilhões na B3 nos últimos dois meses do ano, têm planos de continuar a exercer sua influência no panorama brasileiro em 2024. Enquanto os fundos nacionais tentam se recuperar de uma fase de consideráveis saques, os investidores individuais aguardam uma maior diminuição nas taxas de juros para retornar ao mercado de renda variável.

No ano passado, as contribuições de estrangeiros somaram R$ 44,85 bilhões, o que corresponde a menos da metade do total registrado em 2022, que foi de R$ 100,82 bilhões. No entanto, nos últimos dois meses de 2023, observou-se uma mudança nesse padrão, com ingressos superando saídas em R$ 21,02 bilhões e R$ 17,46 bilhões, respectivamente.

O cenário para 2024 é influenciado por fatores externos, entre eles as recentes flutuações nas taxas de juros dos Estados Unidos, que afetaram negativamente o Ibovespa na primeira semana do ano. Ademais, o mercado está atento às tensões geopolíticas no Oriente Médio, especialmente entre os Estados Unidos e o Irã, enquanto os preços do petróleo continuam subindo.

A correlação contínua entre os Títulos do Tesouro dos EUA e o desempenho do Ibovespa nos primeiros meses de 2024 é apontada por analistas, com expectativa de normalização no terceiro trimestre. Os títulos do Tesouro dos EUA impactaram significativamente o mercado brasileiro em 2023, influenciando a transferência de recursos globais para os EUA em períodos de taxas mais elevadas e para economias em desenvolvimento, como o Brasil, quando as taxas caem.

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