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Funcionário da PGR é demitido por Gonet por ter disseminado notícias golpistas

Paulo Gonet, Procurador-geral da República, demitiu um assessor comissionado por propagar boatos e mensagens de cunho golpista contra o Supremo Tribunal Federal.

O Procurador-geral da República, Paulo Gonet, dispensou um assessor comissionado pois este então envolvido em divulgação de notícias falsas e mensagens que tinham cunho golpista contra o Supremo Tribunal Federal. Este funcionário é Antônio Rios Palhares, também conhecido como Niko Palhares, e seu desligamento aconteceu após seu nome ter surgido em um relatório encaminhado ao STF pela Polícia Federal.

Palhares começou a trabalhar na Procuradoria Geral da República em 2020 e se identificava como bolsonarista. Ele tinha relações com Augusto Aras, o antecessor de Gonet. Ele foi oficialmente desligado na semana passada, conforme publicação no Diário Oficial. Palhares trabalhava na chefia de gabinete da PGR, embora suas atribuições fossem direcionadas à Secretária de Segurança Institucional, com um salário de R$ 5,2 mil.

Pesquisa feita pelo Polícia Federal expôs que Palhares não apenas propalava mensagens golpistas, mas também atuava como interlocutor entre Meyer Nigri, empresário investigado, e membros da PGR. A interceptação de diálogos entre eles evidenciou a contribuição ativa de Palhares na divulgação de informações inveridicas, reforçando as ações conduzidas por Nigri.

Segundo revelado, dentre as mensagens estavam discursos comprometedores como a suposição de que somente as Forças Armadas poderiam segurar o STF e um vídeo editado sugerindo que o tribunal teria sido ameaçado pelos militares. Palhares administrava um grupo de apoio a Bolsonaro no WhatsApp e frequentemente solicitava à Nigri suas mensagens a serem redirecionadas a outras pessoas.

Gravações de áudio obtidas pela PF indicam que Palhares tinha o desejo de participar da campanha de reeleição de Bolsonaro, pretendendo deixar a PGR para trabalhar diretamente com o presidente.

Quando contatado para comentar a situação, Palhares optou por permanecer calado. A defesa de Nigri negou qualquer relação significativa com o ex-funcionário da PGR, afirmando que o empresário não dava atenção especial às mensagens de Palhares, tendo em vista a grande quantidade de mensagens que recebia.

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