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Gleisi Hoffmann enfrenta críticas internas do PT à política econômica

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, se defendeu das críticas provenientes de membros do próprio partido em relação à gestão da política econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista, o ministro mencionou críticas indiretas, sem nomear os críticos.

Gleisi Hoffmann, atual presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal pelo Paraná, se manifestou em resposta às recentes observações do ministro da Fazenda Fernando Haddad, que é também membro do PT. Haddad mencionou em uma entrevista, publicada pelo jornal O Globo no dia 2 de janeiro de 2024, que apesar do partido comemorar resultados positivos como taxas de juros e emprego, há membros da sigla que afirmam que 'está tudo errado' e que 'tem que mudar tudo'. O ministro, no entanto, não fez referência direta a quem estaria proferindo tais críticas.

Ao ser questionada pelo mesmo jornal, a deputada Gleisi negou as acusações de Haddad e argumentou que é um 'direito do partido' emitir alertas e fazer debate, e que isso não seria uma oposição ao ministro ou a qualquer outro. Ela ainda ressaltou que há uma preocupação específica com a 'política fiscal contracionista'.

Gleisi também expressou descontentamento com as declarações do ministro sobre a sucessão presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad sugeriu que o nome de Lula seria um consenso para as eleições de 2026, mas que haveria espaço para discussões futuras sobre o tema. A presidente do PT considerou tal afirmação 'extemporânea'.

Além das respostas da deputada, o deputado federal Lindbergh Farias, também membro do PT e companheiro de Gleisi, se pronunciou através de sua conta oficial no X (antigo Twitter). Ele mencionou que a meta de déficit zero do governo não foi um dos acertos na política econômica.

Já por parte da liderança do governo na Câmara, através do deputado Zeca Dirceu do PT-PR, as críticas a Haddad seriam provenientes de uma 'minoria' dentro do partido, demonstrando confiança e aprovação à atuação do ministro por parte das bases e da militância.

Na mesma entrevista citada anteriormente, Haddad fez referência a uma resolução política aprovada pelo PT em dezembro passado, que apontava para a necessidade do país se desprender da 'ditadura' do Banco Central e do 'austericídio fiscal'. Este último termo denota a discordância de algumas alas do PT com Haddad, que é o principal proponente da meta de déficit zero para 2024.

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