A atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reagiu às críticas direcionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que mostrou apoio à ação da África do Sul contra Israel na Corte de Haia.
Em uma publicação feita no sábado, Gleisi expressou descontentamento com as acusações direcionadas a Lula, tais como 'intempestivo, parcial, desequilibrado e antissemita', mencionando que a mesma atenção não é dada à 'tragédia do povo palestino'.
Segundo Gleisi, os veículos de imprensa brasileiros foram rápidos em condenar a postura do presidente Lula e esses mesmos veículos pareceram mostrar apoio ao governo de extrema-direita de Netanyahu. Gleisi declarou: 'Os jornalões mostram que têm lado nesta guerra de extermínio. O lado do mais forte. E condenam Lula por defender a humanidade contra a barbárie.'
Um dos editoriais citados pela petista foi divulgado pela Folha de S. Paulo, que afirma que o Brasil 'erra ao deixar equidistância no Oriente Médio', enquanto expressa algumas ressalvas à utilização do termo 'genocídio'. O jornal concorda que a reação de Israel ao Hamas 'merece críticas', mas defende que a futura condução política seria melhor sem Netanyahu.
O jornal O Globo, por sua vez, alega que o 'endosso de Lula é agressão injusta a Israel' e 'viola a tradição de equilíbrio da diplomacia brasileira'. O jornal afirma que 'Israel não deve estar imune às consequências jurídicas da campanha contra o Hamas', rejeitando no entanto a acusação de 'genocídio'.
O julgamento apresentado pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça em Haia iniciou na última quinta-feira com a acusação de que Israel infringe a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, assinada em 1948, após o Holocausto. O Itamaraty declarou que Lula apoia essa ação devido às claras violações ao direito internacional humanitário.
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