O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, decidiu pela exoneração de Rodrigo da Silva Pascoal, soldado de 2ª classe da Polícia Militar de 36 anos. Pascoal explicou o seu afastamento do quartel como sendo fruto de preocupações paternais e suspeita pessoal de contaminação pelo Covid-19.
Pascoal está atualmente lutando contra as alegações em um processo judicial. Suas faltas ocorreram nos dias 17, 18, 20 e 27 de setembro de 2021 - foi durante esse período que as filhas de 4 e 5 anos necessitavam de atenção. Segundo informações do Inquérito Policial Militar obtidas pelo Metrópoles, o soldado estava escalado para trabalhar em turno escolar na Escola Superior de Soldados.
Embora a presença de Pascoal não tenha sido necessária no início, seus superiores constataram que as crianças só receberam atendimento médico após o horário de trabalho dele terminar, o que gera controvérsias. Pascoal servia das 7h15 às 13h, durante o qual informou a um sargento sobre os problemas de saúde das filhas.
Na manhã seguinte, novamente em serviço, afirma que não pode comparecer ao trabalho devido à suspeita de Covid-19, mesmo sem ter recebido o resultado do exame. O resultado negativo foi divulgado no dia 27.
Pascoal estava em período probatório depois de ter sido aprovado em um concurso em 2018. Sua exoneração, assinada por Tarcísio, foi publicada no Diário Oficial de São Paulo na última sexta-feira.
Segundo advogado Diego Eliel dos Santos, defensor de Pascoal, recurso já foi apresentado contra a exoneração e aguarda análise. A defesa contesta a decisão e busca anulação.
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