Após as críticas do líder do MST, João Pedro Stédile, que classificou o ano de 2023 como o pior da história para o movimento, o governo Lula deu um passo à frente e decidiu expandir a representatividade do MST em órgãos de consulta federal.
Foi criado pela Secretaria-Geral da Presidência da República um grupo de trabalho com o objetivo de coordenar ações para estimular a participação social no G-20, durante os 12 meses seguintes em que o Brasil exercerá a liderança do grupo. Este grupo possui grande relevância no cenário mundial, reunindo as 19 maiores economias, além da União Europeia e da União Africana, englobando dois terços da população global.
Kelli Mafort, que foi coordenadora nacional do MST em 2016 e atualmente ocupa o cargo de secretária Nacional de Diálogos Sociais da Presidência, foi selecionada para fazer parte do grupo do G-20. Ela será responsável, juntamente com outros seis integrantes, por formular políticas sociais para o G-20.
Simultaneamente, o governo prestigiou o MST ao nomear um de seus coordenadores para participar, como suplente, do Comitê Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens do Ministério da Agricultura. Gilvan dos Santos, militante do MST, foi o escolhido para essa função. A titular do cargo também representa os sem-terra, mas não possui vínculos diretos com o MST.
Além de Kelli Mafort e Gilvan dos Santos, o MST também possui outros membros ocupando posições importantes no governo Lula, como Milton Fornazieri, que é secretário de Abastecimento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Alexandre Conceição, assessor especial do MDA, Marina Viana, coordenadora do MDA no Mato Grosso, Valdir Misnerovic, que ocupa a mesma posição em Goiás, e Ayala Ferreira, que integra a direção nacional do movimento e foi indicada como representante do grupo no 'Conselhão'.
Deixe um Comentário!