O CFO está imergindo em uma campanha vibrante contra a oferta de cursos de graduação de odontologia a distância. O movimento tem seu lançamento hoje, marcado pela criação de um abaixo-assinado digital que será disponibilizado durante o Congresso Internacional de odontologia de São Paulo, um encontro que conta com uma audiência estimada de 100 mil inscritos. Esta petição será depois enviada ao Ministério da Educação (MEC).
A proposta de cursos a distância para odontologia tem sido debatedida no MEC desde 2022 e tem atraído críticas de entidades que representam cirurgiões-dentistas. O argumento central é que tal modalidade de ensino pode comprometer a excelência na formação dos profissionais, bem como na qualidade dos atendimentos prestados ao público.
— Se essa tenebrosa ideia for colocada em prática, será um golpe na saúde pública do país. Odontologia não é uma simples matéria teórica. A prática consciente nesta área resulta de extensa experiência prática. Sem uma sólida experiência clínica, o grande prejudicado será o paciente. É por isso que nós, do CFO, nos posicionamos contra esta iniciativa federal desde o momento em que surgiu— declarou Juliano do Vale, presidente do CFO.
A discussão sobre a autorização de cursos de formação em odontologia a distância teve origem em portarias do MEC, divulgadas em 2022 e 2023. Uma equipe de estudo foi montada para avaliar a possibilidade de oferta dos cursos e concluiu pela necessidade de um curso presencial.
Em novembro, o MEC iniciou uma consulta pública sobre a temática e suspendeu temporariamente, por 90 dias, os processos de autorização de cursos de odontologia a distância. Contudo, existe uma portaria do MEC que prevê a possibilidade de se preparar uma proposta para a regulamentação do ensino nesta modalidade.
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