O domingo (7) foi marcado por um incidente lamentável em Rafah, sul de Gaza. Um ataque aéreo de Israel resultou na morte de dois jornalistas palestinos, Hamza Al-Dahdouh e Mustafa Thuraya. As informações foram confirmadas pelas autoridades de saúde de Gaza e o sindicato dos jornalistas local. Além de ambos, outro freelancer, Hazem Rajab, também ficou ferido.
Ambos os jornalistas mortos eram freelancers e, no caso de Al-Dahdouh, também colaborava com a Al Jazeera, sendo filho do principal correspondente deste canal de televisão em Gaza, Wael Al-Dahdouh.
A Al Jazeera Media Network não deixou de se pronunciar a respeito dos acontecimentos, afirmando que estes foram atos deliberados e cobrando ação do Tribunal Penal Internacional, governos, organizações de direitos humanos e Nações Unidas para a responsabilização de Israel por tais 'crimes hediondos'.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) não se pronunciaram sobre as mortes ou sobre a alegação da rede de televisão de que os jornalistas teriam sido alvos deliberados. Vale lembrar que em uma declaração anterior, referente à morte de outro jornalista da Al Jazeera, as IDF alegaram que jamais teriam ou irão escolher jornalistas como alvo intencional.
Na verdade a guerra que teve início em 7 de outubro, entre Israel e Hamas, trouxe a morte de muitos jornalistas. De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), 77 jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação morreram até aqui, sendo 70 palestinos, quatro israelenses e três libaneses.
Cabe evidenciar, nesse cenário, que o gabinete de comunicação social do governo de Gaza, controlado pelo Hamas, relata que com estas últimas mortes o número total de jornalistas mortos pela ofensiva israelense sobe para 109.
Vale a pena mencionar também o caso do libanês Issam Abdallah, da Reuters, que perdeu a vida no dia 13 de outubro, durante um ataque israelense por estar filmando um bombardeio transfronteiriço. A confirmação da tragédia veio de uma investigação da própria Reuters.
Enquanto a injustiça contra jornalistas segue, o mundo precisa se dar conta e reagir.
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