O MPF divulgou nesta quinta-feira (18.jan.2024) que foi instaurado um inquérito civil público para apurar o possível papel do Kwai na difusão de falsidades. A notificação resulta de uma denúncia anônima recebida pelo órgão e de reportagens que indicam essa suposta prática pela plataforma. Aqui está o documento completo (PDF – 1 MB).
De acordo com a nota oficial, há indícios de que a plataforma não apenas permita, mas possa estar diretamente envolvida na produção de postagens com informações falsas e enganosas. Essas postagens podem ser feitas diretamente pelo Kwai ou por meio de agências de publicidade contratadas, sem que a origem seja devidamente identificada.
A empresa Joyo Tecnologia Brasil, que opera o Kwai no país, juntamente com as agências de publicidade que prestam serviços à rede social, foram intimadas a fornecer esclarecimentos. Além disso, foram orientadas a proteger quaisquer materiais que possam ser relevantes para a investigação, como documentos, gravações e vídeos.
Este é o primeiro caso em que uma rede social é investigada por ser a possível fonte direta de conteúdos falsos, em vez de apenas mediar sua disseminação. A investigação está a cargo da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo, que já está examinando outras sete plataformas por supostas omissões no enfrentamento da desinformação e da violência digital.
A Joyo Tecnologia Brasil, operadora do Kwai no Brasil, foi procurada para comentar o assunto, mas não respondeu até o momento. As informações são da Agência Brasil.
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