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Ligações entre joias recebidas por Bolsonaro e venda suspeita de refinaria serão investigadas pela PF

Na véspera da venda da Refinaria Landulpho Alves, Bolsonaro recebeu um conjunto de joias valiosas em uma viagem à Arábia Saudita, despertando suspeitas e levando a Polícia Federal a abrir uma investigação sobre o caso.

A Polícia Federal será a responsável pela investigação de possíveis ligações entre as joias recebidas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma viagem oficial a Emirados Árabes e a venda da Refinaria Landulpho Alves, realizada em 30 de novembro de 2021, segundo informações divulgadas por Andréia Sadi no g1.

Essa refinaria, localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, foi vendida pela Petrobrás há cerca de dois anos para o grupo de investimentos Mubadala Capital, com sede nos Emirados Árabes. Pouco antes de ser finalizado o negócio, a família real que controla este grupo ofertou a Bolsonaro um presente: um kit de joias de grande valor. O prejuízo presumido na venda da refinaria durante o governo Bolsonaro pode ultrapassar R$ 10 bilhões.

A transação foi fechada pelo valor de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) e a empresa Acelen, criada pelo grupo Mubadala para gerenciar a operação, assumiu o controle da refinaria em 1º de dezembro. Com a venda, a RLAM passou a ser chamada de Refinaria de Mataripe.

Entretanto, um relatório emitido pela Controladoria-Geral da União (CGU) na última quinta-feira (4) levanta suspeitas sobre a avaliação do valor de mercado da refinaria no momento da venda. De acordo com o documento, a avaliação ocorreu durante um período de instabilidade econômica trazida pela pandemia, o que pode ter influenciado negativamente o valor final do negócio. Neste contexto, a Petrobrás adiou a venda de outras sete refinarias, exceto a RLAM, devido a uma avaliação de mercado desfavorável.

O relatório da CGU aponta ainda que a venda da RLAM pode ter trazido impactos negativos para o resultado financeiro. Entretanto, os valores negociados na transação não foram divulgados devido a um pedido de sigilo feito pela Petrobras.

Em outubro de 2021, um mês antes da venda da RLAM, Bolsonaro recebeu, enquanto estava em viagem oficial à Arábia Saudita, um conjunto de joias femininas avaliadas em R$ 4.150.584. Essas joias, destinadas a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foram apreendidas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na bagagem de um integrante da equipe do Ministério de Minas e Energia, que tentou entrar no Brasil sem declarar o valor para a Receita Federal.

A Diretoria de Inteligência Policial já está investigando o caso das joias desde o ano passado e agora, o relatório da CGU também será incluído nas apurações. Os brasileiros esperam ansiosos que essa investigação traga luz a toda essa situação e que justiça seja feita, considerando todos os possíveis prejuízos causados ao país.

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