De acordo com o Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (26), o governo Lula exonerou dois delegados da Polícia Federal que eram investigados na operação Vigilância Aproximada. Esta operação investiga um esquema ilegal de espionagem criado por Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Carlos Afonso Gonçalves Coelho, um dos exonerados, atuava como Coordenador de Aviação Operacional da Coordenação-Geral de Apoio Operacional da Diretoria-Executiva da PF. A PF afirma que Gonçalves Coelho e Ramagem faziam parte do 'núcleo de alta gestão' da Abin Paralela, sendo responsáveis por dar ordens de monitoramento ilegal.
O segundo exonerado é Marcelo Araujo Bormevet, que estava lotado como assessor na Subchefia de Análise Governamental da Casa Civil. Ambos foram exonerados por secretários-executivos de suas respectivas pastas.
Na Operação Vigilância Aproximada, a PF coletou seis celulares e quatro notebooks que Ramagem, acusado de formar uma organização criminosa dentro da Abin, teria roubado. Estima-se que a Abin paralela monitorou ilegalmente cerca de 30 mil brasileiros, incluindo políticos, autoridades e professores, a fim de informar Jair Bolsonaro (PL) e sua família sobre investigações e oponentes políticos.
Ramagem admitiu em uma entrevista à GloboNews na quinta-feira (25) que tinha pegado equipamentos da União. No entanto, ele argumenta que os aparelhos eram antigos e foram substituídos por novos.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o ex-diretor-geral da Abin disse que é vítima de 'perseguição política' e afirmou que a operação da PF tem o objetivo de atacar a 'verdade nas redes sociais'.
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