No prelúdio do primeiro aniversário do presumido intento golpista dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concedeu uma entrevista ao portal Metrópoles. Publicada na sexta-feira (5), Lula aponta sem rodeios quem acredita ser o principal mandante do vandalismos contra os três poderes em Brasília, ocorrido em 8 de janeiro de 2023.
'Eu acredito que o responsável direto por tudo isso e que covardemente se escondeu, saindo do Brasil com antecedência, foi o ex-presidente da República. Ele falou sobre isso antes, durante e depois do mandato. Só não teve a coragem de assumir porque fugiu, e nem a grandeza de dar posse ao próximo presidente, que no caso fui eu', declarou categoricamente o chefe de estado.
Lula, então, reflete sobre as inúmeras teorias da conspiração que circularam na época, como as suposições de que as urnas eletrônicas estariam corrompidas e a Justiça eleitoral estaria sob a influência do PT. Ele reafirma suas suspeitas em relação ao ex-presidente inelegível.
'É sabido que ele não aceitou nossa vitória. É sabido que ele tentou desmoralizar o tempo inteiro a Justiça Eleitoral e todas as instituições possíveis. Ainda estamos apurando quem financiou isso tudo, quem garantiu os acampamentos e não temos pressa. O que nós queremos é que seja feita a justiça, de fato e de direito para que nunca mais alguém ouse dar um golpe no processo democrático', afirmou o presidente.
Finalizando, Lula fez questão de usar a ocasião para defender ardorosamente a democracia e assegurar uma 'punição exemplar' aos implicados no ato.
'Podemos criticar a democracia, mas não há nada melhor do que ela. É por causa da democracia que eu pude ser presidente. E é por causa da democracia, inclusive, que ele pôde se tornar presidente. Não estamos livres de novas aventuras como essa, por isso precisamos ser exemplares na punição dos envolvidos', concluiu.
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