Após um ano desde que a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami veio à luz, o presidente Lula argumentou veementemente pelo uso do poder da máquina pública contra a mineração ilegal nessa nação indígena. Durante uma reunião ministerial realizada nesta terça-feira (9) no Palácio do Planalto, a atual situação do povo Yanomami em Roraima foi discutida, onde eles continuam a sofrer devido à invasão de suas terras.
'Decidimos tratar a questão de Roraima, dos povos indígenas e dos Yanomamis como uma questão de Estado. Vamos desdobrar nossos esforços, utilizando todo o poder que a máquina pública pode oferecer. Não podemos perder uma guerra contra garimpeiros ilegais, madeireiros ilegais e pessoas que estão violando a lei', enfatizou Lula.
Em 21 de dezembro de 2023, a Justiça Federal de Roraima ordenou que um novo plano de ação contra o garimpo ilegal na Terra Indígena (TI) Yanomami fosse estabelecido. Em sua decisão, citou-se a União, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A decisão foi tomada em resposta a uma solicitação do Ministério Público Federal (MPF), que informou que os invasores ainda permaneciam no território, colocando em risco a segurança, a saúde e as vidas dos povos indígenas.
Logo após a decisão da Justiça Federal, em 23 de dezembro, o presidente Lula convocou uma reunião ministerial semelhante à realizada nesta terça-feira. Ele ordenou que as agências federais fortalecessem as medidas de proteção ao povo Yanomami e combatessem a mineração ilegal em Roraima e no Amazonas. Nestas reuniões, foram avaliadas as medidas implementadas na região em 2023 e planejadas as ações futuras.
'Nós temos territórios indígenas demarcados, nós temos que cuidar deles com muito carinho. Esta reunião é para definir, de uma vez por todas, o que nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacres, vandalismo, garimpo e invasões de áreas preservadas que pertencem aos índios e não podem ser exploradas', disse o presidente Lula.
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