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Lula pacifica militares após 08/01 com vitórias abrangentes

O pacificador Lula comemora o primeiro aniversário dos atos golpistas de 8 de janeiro, marcado pelos diversos discursos proclamando a valorização da democracia. Mas, quem realmente ganhou na tentativa de superar essa ameaça foram os militares.

A celebração do primeiro aniversário dos atos golpistas de 8 janeiro foi pensada pelo governo Lula como uma forma de valorizar a preservação da democracia. Nessa mesa estarão presentes personalidades de destaque, como a ex-presidente do STF Rosa Weber e o ministro Alexandre de Moraes, ambos fundamentais para as respostas do tribunal contra os ataques. Entretanto, os maiores beneficiados por essa superação da ameaça golpista foram os militares, que estará representados na plateia pelos comandantes das Forças Armadas. Esta presença foi um requerimento do ministro da Defesa, José Múcio, como um singelo gesto de respeito à democracia.

Apesar de personalidades militares de alta patente terem tido papel crucial no avanço do golpismo durante o governo Bolsonaro, nenhuma delas foi incriminada ou detida até ao presente momento. O próprio Múcio se mostrou eficiente em desarmar possíveis problemas legais ou institucionais que poderiam perturbá-los. Isso acabou silenciando o argumento popular de que para prevenir futuras insurreições, seria vital para reduzir o poder dos militares e mantê-los 'em seu devido lugar'.

Paralelamente, o governo Lula foi hábil em ganhar o favor das Forças Armadas com o orçamento. De fato, o maior beneficiado no novo versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi o Minstério da Defesa com o montante de R$ 52,8 bilhões.

No plano jurídico, apesar dos esforços do Supremo, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal, muitas perguntas permanecem sem resposta. Até ao presente dia, a delação de Mauro Cid e os verdadeiros patrocinadores do golpe permanecem um mistério. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao tornar Jair Bolsonaro inelegível, foi crucial para desmantelar a extrema-direita pró-intervenção, um ponto a ser destacado.

As ações de Lula para conquistar as Forças Armadas não são surpreendentes, levando em consideração a interação harmoniosa que manteve com elas durante os seus mandatos anteriores. No entanto, é crucial lembrar que a decisão de revisar a Lei da Anistia e lidar com os crimes da ditadura foi largamente negligenciada pelos presidentes após a redemocratização, um movimento que eventualmente permitiu a narrativas distorcidas e a emergência de figuras como Bolsonaro.

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