No total, dos R$ 5,6 bilhões vetados pelo Presidente Lula em emendas de comissão, R$ 5 bilhões (89%) foram direcionados a quatro ministérios: Cidades, Desenvolvimento Regional, Turismo e Esporte.
Estes são comandados por líderes de partidos que não são os mais próximos aliados do PT, enquanto os ministérios vinculados ao PT ou partidos aliados foram preservados.
O maior volume de vetos, equivalente a R$ 1,8 bilhão, corresponde a emendas que beneficiariam projetos do Ministério das Cidades, cujo comando é de Jader Filho (MDB).
Alguns órgãos, entre eles o Ministério da Defesa, foram poupados dos cortes, e em outros casos, o percentual de emendas vetadas foi pequeno.
Por exemplo, apenas R$ 5 milhões foram cortados dos recursos do Exército, enquanto todos os R$ 122 milhões destinados ao Fundo Naval - ligado à Marinha - foram preservados.
O Ministério da Saúde, onde se encaminha o Fundo Nacional de Saúde, é liderado por Nísia Trindade, não filiada ao PT, mas indicada pelo partido através do ministro petista Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais).
Além de reclamações do Congresso sobre os vetos, partidos do Centrão também têm expressado insatisfação sobre os ministérios escolhidos para receber menos recursos.
Os cortes afetaram no total 38 ministérios ou órgãos ligados a ministérios.
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