O atual presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, teve uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ex-chanceler Celso Amorim, na manhã desta quarta-feira no Palácio da Alvorada. Curiosamente, este encontro não aparece na programação oficial do presidente e ocorre simultaneamente à uma crise vital no Equador.
A crise no Equador é resultado de uma onda de violência desencadeada após a fuga de José Adolfo Macías, mais conhecido como Fito, da prisão na última segunda-feira, dia 8. Fito é líder da 'Los Choneros', uma das maiores facções criminosas do país.
Na terça-feira, seguida da fuga de outro líder do narcotráfico e da invasão violenta de um estúdio de TV e uma universidade por homens armados, o presidente equatoriano Daniel Noboa declarou um Conflito Armado Interno em nível nacional. Ele instruiu as forças militares a neutralizar as organizações criminosas envolvidas com o narcotráfico.
Duas jornadas apenas após esta declaração, o governo proclamou um estado de exceção, houve sete casos de sequestro de policiais, tumultos em prisões e ataques com explosivos nas ruas. No primeiro dia sob o decreto, balanço preliminar indica a morte de dez pessoas e a prisão de dezenas em relação à onda de violência.
A maioria dos falecidos era origiária da cidade de Guayaquil, onde se localiza a prisão de segurança máxima onde Fito, líder da facção Los Choneros, estava preso. Segundo o centro de gestão de segurança pública local, oito pessoas foram mortas na cidade na terça-feira, houve também três feridos, incluindo um policial.
Além disso, um brasileiro foi sequestrado durante este período de caos. Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que reside no Equador há três anos, foi vítima deste crime. O Itamaraty informa que as autoridades brasileiras estão em contato com a família de Thiago e as circunstâncias do ocorrido estão sendo investigadas junto às autoridades equatorianas.
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