Após o recuo de alguns vereadores que assinaram o requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Júlio Lancellotti, o Movimento Brasil Livre (MBL) mantém sua perseguição ao religioso. Renan Santos, coordenador do MBL, tenta se distanciar da CPI, afirmando que a briga não é do movimento, mas logo em seguida chama o padre de "bizarro" e lança novas ameaças.
Em publicação nas redes sociais, Santos diz que "haverá o momento de confronto com ele e com a indústria da miséria que destrói o centro de SP. Mas não é agora", sinalizando que a hostilidade contra o padre não cessará.
O coordenador do MBL também afirma que irá "listar e processar todos os que nos acusam e cometem crimes", indicando uma postura agressiva diante das críticas ao movimento.
A estratégia do MBL para instaurar a CPI contra Júlio Lancellotti envolve o uso de fake news, discurso de ódio e ataques aos direitos humanos. O fundador do MBL, Rubinho Nunes, propôs a CPI acusando o padre de ser "cafetão", revivendo a tática do movimento que, anteriormente, tentou ligá-lo a um caso de pedofilia.
Mesmo vereadores que inicialmente assinaram o requerimento, como Thammy Miranda, afirmam terem sido vítimas de fake news para convencê-los a apoiar a CPI. A estratégia de Nunes, que visa associar Júlio Lancellotti à candidatura de Guilherme Boulos, busca criar um cenário para atacar o principal adversário do atual prefeito de São Paulo.
A perseguição ao padre Júlio Lancellotti remonta a um episódio de acusação de pedofilia em 2020, no qual membros do MBL foram acusados de forjar denúncias contra o religioso.
O Ministério Público arquivou a denúncia por falta de materialidade em agosto de 2021. A persistência do MBL em suas investidas contra o padre levanta questões sobre os limites do discurso político e a necessidade de proteção das instituições democráticas.
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