A recente gestão do ministro Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública intensificou a colaboração com policiais e destaque às iniciativas de segurança integrada, como o combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Os especialistas em segurança pública apontam que o perfil adotado por Dino e seu secretário executivo, Ricardo Cappelli, foi muito pautado na imagem do 'pulso forte' na segurança pública, o que aumentou a visibilidade dessas operações.
Dino deixará o cargo para assumir o posto de Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de fevereiro, na vaga concedida pelo presidente Lula. Assumindo em seu lugar, no dia 1º de fevereiro, teremos Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do STF e nome de confiança de Lula.
Dentre os desafios que Lewandowski enfrentará na nova posição, descrevemos cinco principais:
1- Apesar de especialistas darem destaque ao estilo 'xerife' de Dino, o novo ministro tem um histórico mais reservado e voltado à garantia de direitos, como a implementação das audiências de custódia e liberação de presas com filhos pequenos.
2- Há a promessa ainda não cumprida de Dino de elucidação total do assassino da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e de seu motorista, Anderson Gomes.
3- O novo ministro será responsável pela regulamentação e incentivo ao uso de câmeras corporais pelos policiais em todo Brasil, uma medida ainda controversa e de potencial desgaste com as forças de segurança.
4- Há a exigência por um protocolo nacional para padronizar abordagens policiais a cidadãos nas ruas, uma tentativa de evitar práticas discriminatórias com base em cor de pele.
5- Lewandowski também deverá lidar com a atuação dos militares nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo para combater o tráfico de drogas. Falando nisso, ele terá que enfrentar a dura realidade do tráfico de entorpecentes, uma vez que, mesmo com a presença ostensiva de militares nesses locais, os grupos criminosos buscam rotas alternativas para escoar as drogas.
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