O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, fez pronunciamento público esta semana para responder às perguntas sobre o uso de dinheiro público para viagem a Aracaju (SE) com três funcionários, onde foram supostamente flagrados em uma festa pré-carnavalesca.
Segundo informações divulgadas nos jornais Estadão e O Globo, Macêdo teria autorizado a viagem de três servidores ao evento Précaju, em Aracaju, no final de 2023. O custo total da viagem foi de R$ 18,5 mil, pago pelos cofres públicos. Como contexto, os mesmos jornais afirmam que Maria Fernanda Ramos Coelho, ex-presidente da Caixa e então secretária-executiva de Macêdo, teria sido demitida por se recusar a autorizar situações similares.
Em defesa própia, Macêdo afirmou que tinha agendado visita a uma ONG e que os servidores haviam sido designados para acompanhar. Um deles, inclusive, é fotógrafo da presidência. Conforme o portal da Transparência, a viagem foi aprovada sob a justificativa de que os servidores visitariam o Instituto Renascer para a Vida em novembro.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ministro se defendeu argumentando que pagou a própria passagem e que a viagem dos funcionários foi, na verdade, um erro procedural. “Eu paguei as minhas passagens, em voo comercial, e fora do expediente. Eu fui no final de semana, em agenda particular, e não recebi diárias para isso. Houve um erro formal do meu gabinete, erro de procedimento. Isso nunca mais se repetirá. O fato é que foram emitidas passagens para funcionários irem a uma atividade que não tinha agenda institucional. Isso não pode acontecer”, relatou.
O ministro revelou ainda que sabia que os funcionários iriam, mas não estava totalmente a par da situação. Por fim, afirmou que os valores gastos serão ressarcidos pelos servidores culpados do erro.
A Secretaria-Geral da Presidência da República informou, por meio de nota, sobre a abertura de um inquérito para investigaciónasso erro procedural, conforme mencionado pelo ministro. Na quarta-feira da semana passada (10), o Ministério Público de Contas solicitou ao Tribunal de Contas da União uma investigação sobre o caso.
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