Na última segunda-feira (8.jan.2024), o MPF (Ministério Público Federal) juntou um recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a atual absolvição sumária do ex-presidente Michel Temer (MDB), acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
A denúncia foi apresentada ao final de 2018 pela PGR (Procuradoria Geral da República) e, após Temer deixar o cargo, o caso passou a ser julgado em primeira instância. Em 2021, o ex-presidente foi absolvido pelo juiz Marcus Vinicius Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal.
O MPF, no recurso ao STF, acredita que uma nova análise do caso é necessária. Segundo o procurador regional da República, Guilherme Schelb: "A conexão entre o recebimento e a função pública exercida por Michel Temer é evidente e está suficientemente descrita na denúncia e comprovada por meio de provas robustas, especialmente os diálogos mantidos pelos réus e interceptados judicialmente".
No recurso, argumenta-se também que há "provas cabais, incontestáveis e que não foram afastadas pela decisão absolutória" que demonstram que três empresas foram mantidas apenas para movimentar dinheiro ilícito.
Em resposta ao recurso, a defesa de Temer chamou de "vergonhosa" a decisão do MPF, afirmando que é uma tentativa de denegrir a imagem do ex-presidente com acusações infundadas.
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