De acordo com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a falta de reuniões presenciais e encontros com o presidente Lula em seu primeiro ano de governo tem causado desconforto. O líder do movimento, João Paulo Rodrigues, espera que em 2024 esta situação seja revertida.
Embora tenha se encontrado com Lula em 2023, Rodrigues destaca que eles precisam de reuniões mais abrangentes, envolvendo a coordenação nacional de movimentos populares. Não apenas o MST, mas outras organizações, como a Central de Movimentos Populares, o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), compartilham do mesmo sentimento. Rodrigues acredita que o governo deveria ter uma interação mais forte com esses movimentos.
Contudo, o líder do MST elogia os ministros do primeiro escalão de Lula, dizendo que eles têm sido 'muito solícitos ao MST'. No entanto, ele critica a falta de interação direta entre Lula e os movimentos populares e espera que o presidente esteja mais presente em 2024.
Segundo Rodrigues, essa proximidade com o presidente pode ser fundamental nas eleições municipais de 2024. Ele acredita que as organizações populares, que possuem forte presença e organização nos municípios, podem se beneficiar desta interação direta com Lula.
Por outro lado, apesar do PT ter conquistado a Presidência da República e ter uma das maiores bancadas no Congresso, López observa que o partido vem perdendo força nas cidades a cada eleição. Com isso em mente, Lula já expressou sua intenção de viajar mais pelo Brasil e 'visitar obras'.
No entanto, apesar das críticas, o MST reconhece a retomada de algumas políticas públicas sob a gestão de Lula, como o Plano Safra e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). No entanto, as expectativas para a reforma agrária ainda são altas e o MST compreende as dificuldades que este processo envolve.
O governo rebate as críticas, afirmando que já foram assentadas 7.200 famílias e regularizadas outras 40.000 em 2023, o que representa o maior número desde a paralisação da reforma agrária em 2015. Além disso, apontam para a destinação de terras em estoque do Incra e áreas públicas para a reforma agrária como uma das estratégias para este ano.
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