A alguns meses de Neymar ter sido vendido para o time saudita Al-Hilal, a Justiça da França iniciou uma investigação para analisar possíveis irregularidades na transferência do jogador do Barcelona para o Paris Saint-Germain em 2017. Essa questão poderia trazer embaraço para políticos da Assembleia e do Palácio do Eliseu.
O jornal francês Libération afirmou, nesta quarta-feira, que o ex-diretor de comunicação do PSG, Jean-Martial Ribes, estaria envolvido em pressões ao governo francês com o objetivo de conseguir 'favores fiscais' na cláusula de rescisão do contrato de Neymar com o Barcelona.
O Libération teve acesso a um relatório da Fiscalização Geral da Polícia Nacional que revelou a troca de cerca de uma centena de mensagens entre Ribes, o ex-deputado governista Hugues Renson e uma ex-assessora do Palácio, Charlotte Casasoprana.
Lá, consta que Ribes solicitou ao então ministro das Contas Públicas, Gérald Darmanin, uma dispensa de alguns impostos na transferência de Neymar, alegando que isso tornaria o processo menos oneroso para o clube, o que ajudaria a acelerar a conclusão do negócio.
O documento também traz memórias confidenciais enviadas pelo representante do PSG para o ministro, e a resposta de Darmanin, afirmando que o diretor de seu gabinete estava cuidando do caso. A constatação de irregularidades no processo pode levar políticos franceses a enfrentarem questionamentos sobre seus atos.
Essa não é a única investigação que envolve o PSG. Uma outra apuração mais ampla, segundo o mesmo jornal, revelou a existência de uma 'célula secreta' na direção do time, que incluía um ex-policial da Direção Geral de Segurança Interior do organismo de inteligência francês. Isso só complica ainda mais a situação do clube francês.
Os juízes franceses agora terão que esclarecer se o ex-diretor de comunicação do PSG, a hierarquia do clube, o ministro Darmanin, e até o Tesouro público, foram envolvidos indevidamente na transferência do jogador brasileiro.
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