O Procon-SP anunciou um crescimento de 6,48% nas reclamações contra a Enel na capital paulista entre 2022 e 2023. Foram contabilizadas 14,3 mil queixas em 2022, número que subiu para 15,2 mil em 2023. As principais reclamações estão ligadas a cobrança indevida, cobrança por serviço não prestado e cobrança de tarifas.
Em todas as 26 cidades do estado de São Paulo atendidas pela Enel, o crescimento foi 5,29%, passando de 18.699 em 2022 para 19.690 em 2023.
O diretor-executivo do Procon SP, Luiz Orsatti, em entrevista à TV Globo, orientou os consumidores que sentirem prejudicados a procurar a empresa diretamente para que possa resolver o problema. Caso a Enel não atenda à solicitação do consumidor, ele orienta a buscar ajuda no próprio Procon-SP para que a companhia seja notificada.
A Enel, em nota, disse que os dados divulgados pelo Procon incluem reclamações de vários tipos, o que poderia duplicar ou até triplicar o número de queixas únicas apresentadas. A empresa afirmou ainda que, nos últimos anos, registrou um declínio no número de reclamações individuais feitas ao Procon, uma redução de 12% entre 2023 e 2022, além de uma queda de 32% em 2022, comparado a 2021; e um decréscimo de 71% em 2021, em comparação com 2020.
Contudo, quando analisamos as queixas de 2023 em relação à 2021 na cidade de São Paulo, a vemos um aumento expressivo de 75,5%.
A situação se repete em todo o estado de São Paulo. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 5,3% nas reclamações. Comparando 2023 com 2021, a elevação é de 77,6%.
Há cerca de quatro meses, moradores e comerciantes da Rua Marquês de Itu, na República, região central da capital paulista, temem que o contato de galhos de uma árvore com fios elétricos possa causar um acidente. Eles procuraram a prefeitura, que afirmou ser a Enel a responsável pela solução. Contudo, de acordo com os moradores, a concessionária de energia ainda não respondeu à solicitação nem foi até o local verificar a situação.
Thiago Bueno Ferraz, vendedor na área, expressou sua preocupação. “A gente sente medo. A gente sente que alguém vai ser eletrocutado a qualquer momento, que vai acontecer o pior. Que aquele cabo vai se romper, cair no chão molhado e vai atingir alguém. Uma pessoa pode ser vítima a qualquer momento”, lamentou.
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