No dia 8 de Janeiro, um ano depois dos ataques golpistas, 89% dos brasileiros demonstraram sua desaprovação à depreciação realizada pelos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), de acordo com uma pesquisa divulgada pela Quaest no dia 7 de janeiro. No comparativo, na primeira pesquisa conduzida pelo instituto em fevereiro do ano passado, 94% dos entrevistados desaprovavam a ação, 4% a aprovavam e 2% desconheciam o ocorrido.
No novo levantamento, referente a atitude dos eleitores de Lula (PT) frente aos ocorridos, a pesquisa comprovou que 94% desaprovam a investida e apenas 4% a aprovam. Considerando os eleitores de Bolsonaro, a desaprovação também é intensa, porém em menor proporção - 85% desaprovam, enquanto 11% aprovam.
Ademais, a pesquisa da Quaest também buscou investigar o possível envolvimento de Bolsonaro nos incidentes durante o dia 8 de Janeiro. Nesse ponto, os entrevistados se dividem: 47% acreditam na influência do ex-capitão, ao passo que 43% negam tal possibilidade, e 10% escolheram não se posicionar.
Especificamente na região Nordeste, acreditam na influência de Bolsonaro 57% dos entrevistados e 33% a descartam. Em contraste, no Sul do país os resultados indicam que 39% assumem haver influência do ex-presidente, enquanto 52% contestam essa ideia.
Por fim, a pesquisa revela que 51% dos brasileiros enxergam os participantes do ataque como radicais que não representam os eleitores de Bolsonaro. No entanto, 37% creditam essa representatividade aos apoiadores do ex-presidente, e 13% não responderam.
Nessa linha, no dia 8 de Janeiro, uma cerimônia será sediada no Congresso Nacional para marcar um ano dos ataques golpistas, com a presença de diversas figuras importantes do cenário político brasileiro, incluindo o presidente Lula (PT) e os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal. Ao todo, espera-se a presença de cerca de 500 convidados.
Destaca-se ainda que, na abertura do evento, ocorrerá a execução do Hino Nacional pela cantora e ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a reintegração simbólica ao patrimônio público de uma tapeçaria de Burle Marx – que foi vandalizada durante a invasão do Palácio do Congresso Nacional em 8 de Janeiro –, além de uma réplica da Constituição Federal de 1988.
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