Um movimento vocal de suporte ao padre Júlio Lancellotti inundou as redes sociais nesta quarta-feira (3) após o anúncio do vereador e fundador do MBL Rubinho Nunes, da instalação de uma CPI com o líder religioso como um dos alvos. O político, em sua conta no X, o Twitter do passado, associou Lancelloti, conhecido por décadas de trabalho com a população em situação de rua em São Paulo, a uma suposta 'máfia da miséria', publicando uma ilustração do padre com um rato nas costas. Essa não é a primeira vez em que a extrema direita ataca o padre.
O termo 'cafetão da miséria' foi usado por Nunes em suas declarações no X. Relembrando que, em agosto de 2022, Luciano Hang, apoiador de Bolsonaro, foi condenado pela Justiça por chamar o padre Júlio de 'hipócrita' e acusá-lo de 'defender bandidos'.
O padre Júlio, em sua conta no Instagram, refutou alegações de sua associação com organizações civis ou ONGs ligadas à Prefeitura de São Paulo. Ele atua como coordenador da Pastoral de Rua, que ele descreveu como 'uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo, que de maneira alguma está vinculada às atividades que constituem o objetivo do requerimento aprovado para criação da CPI em curso'.
A notícia sobre a criação da CPI gerou uma avalanche de reações contrárias. No X, houve mais de 180 mil publicações além de inúmeros posts no Instagram desde quarta-feira (3) até a manhã desta quinta-feira (4). Entre as publicações estavam celebridades, ativistas e políticos de todo o país, protegendo o padre Júlio Lancellotti e protestando contra a instalação da CPI.
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