Na manhã de quarta-feira, a Polícia Federal conduziu uma operação para investigar suspeitos do vazamento ilegal da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2023). O principal alvo da operação é um indivíduo de Sobral, município cearense, contra quem são cumpridos mandados de busca e apreensão.
A ordem judicial, expedida pela Justiça Federal em Sobral, visa apurar as provas do ENEM 2023 que supostamente foram vazadas nas redes sociais por um suspeito na mesma localidade, conforme dito pela Polícia Federal em nota.
A divulgação da prova teria sido detectada depois de uma comunicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), a entidade responsável pela elaboração do exame. O indício aponta que o morador de Sobral teria compartilhado o conteúdo da prova de redação.
'Há indícios de divulgação ilícita do tema da redação referente ao caderno rosa no exame em 2023, ainda durante a realização do exame', afirma a PF, conforme seu informe oficial.
O suposto responsável pelo vazamento, cujo nome não foi revelado, está sendo acusado por suspeita de fraude em certame de interesse público, um crime cujas penas podem chegar a até oito anos de cadeia.
A operação foi nomeada de 'Limite Virtual', visando alertar as pessoas sobre as limitações necessárias nas redes sociais. A prova de redação do Enem 2023 ocorreu no primeiro dia de prova, dia 5 de novembro do ano passado, mas as imagens só começaram a circular após o início da prova, de acordo com o Inep.
Nesse mesmo dia, a Polícia Federal identificou oito pessoas que divulgaram fotos dos cadernos de questões do Enem 2023 durante a aplicação da prova. O tema da redação de 2023 foi 'Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil' e 60 candidatos conseguiram a nota máxima, representando um aumento de 233% em relação ao Enem 2022.
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