A Oxfam, uma organização independente sem fins lucrativos, vai aproveitar o Fórum Econômico Mundial deste ano para recomendar que os governos estabeleçam metas e planos ambiciosos para diminuir a disparidade socioeconômica em seus países. O Fórum acontece em Davos, na Suíça, de 15 a 19 de janeiro.
A Oxfam endossa a ideia do economista ganhador do prêmio Nobel, Joseph Stiglitz. Ele sugere que cada país deve definir como meta a diminuição da desigualdade para um nível em que os 40% mais pobres da população tenham uma renda aproximada à dos 10% mais ricos.
Em consonância com essas ideias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu essa diretriz em setembro do ano passado, numa reunião de cúpula de líderes do G20. Além disso, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em dezembro de 2023, comentou sobre a tributação da riqueza e o aumento de gastos para combater a desigualdade.
Nessa mesma linha, o relatório da Oxfam indica que se o valor que as empresas destinaram a dividendos e recompra de ações para os 10% mais ricos em 2022 fosse redistribuído aos 40% mais pobres, a desigualdade global poderia diminuir em 21,5%. Tal queda seria a mesma notada em 41 anos de estudos sobre a desigualdade.
A respectiva organização também estima que metade do valor pago aos 10% mais ricos em 2022 já seria suficiente para erradicar a pobreza global. Com apenas 1,6% dos pagamentos, já seria possível eliminar a pobreza extrema, conforme definição do Banco Mundial.
O relatório alerta para a 'imensa concentração de poder' nas mãos de grandes empresas e monopólios. Essa centralização está intensificando a desigualdade em nível mundial. Não à toa, sete das dez maiores empresas do mundo possuem bilionários como líderes ou principais acionistas.
Para combater efetivamente as desigualdades, o relatório da Oxfam oferece uma série de recomendações que serão discutidas no Fórum Econômico Mundial.
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