Em meio a uma série de críticas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), expressou frustração com as discussões com o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto. Segundo Pacheco, é difícil estabelecer qualquer tipo de diálogo com alguém que 'usa a política como um meio para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar a limitação de decisões monocráticas do STF'.
Anteriormente, Costa Neto havia criticado o pessedista o chamando de 'frouxo' e 'omisso' por não impedir as ações da Polícia Federal no Congresso e por não dar andamento aos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
As críticas de Valdemar referiam-se especificamente à investigação da Polícia Federal no gabinete do congressista Alexandre Ramagem (PL). A investigação abordava a suposta utilização indevida da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para espionar adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ramagem dirigiu a agência entre julho de 2019 e março de 2022, quando se demitiu para concorrer a um cargo na Câmara. As suspeitas de monitoramento ilegal de adversários políticos, advogados, jornalistas e até juízes, teriam ocorrido entre dezembro de 2018 e 2021. Durante o comando de Ramagem, a agência de inteligência teria monitorado pelo menos 30 mil pessoas sem qualquer autorização judicial.
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