Paciente é submetida a tratamento de câncer inexistente por seis anos e vence ação contra plano de saúde

Uma mulher de 54 anos que foi diagnosticada com câncer de mama em 2010 e submetida a uma mastectomia, descobriu anos depois que havia sido vítima de um grave erro médico. Após ser diagnosticada com metástase óssea em outubro de 2010, ela realizou quimioterapia por seis anos para tratar um câncer que, na verdade, não existia.

A situação só começou a mudar em 2017, quando a paciente mudou de plano de saúde e os novos médicos suspeitaram do diagnóstico. Após a realização de um PetScan, descobriu-se que a paciente nunca havia tido metástase óssea. Um outro exame realizado na época do diagnóstico também apontou o contrário da doença.

Surpreendentemente, a informação errônea sobre a metástase óssea permaneceu nos prontuários da paciente por anos, levando-a a ser tratada de maneira equivocada. A própria Justiça questinou como o erro pode ter passado despercebido por tanto tempo.

Durante os seis anos de quimioterapia, a paciente sofreu grande angústia psicológica, além de dor crônica, insônia, perda óssea e de dentição e afetando sua qualidade de vida

Em decorrência desse erro, a Justiça de São Paulo condenou a operadora de saúde Amico Saúde, empresa médica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a pagar R$ 200 mil de indenização à paciente.

A Amico Saúde pagou a indenização no final de 2023, após um acordo com a paciente. A empresa não retornou os contatos para comentar o caso até a atualização deste reportagem. Com informações do G1.