O conhecido padre Fábio de Melo, quem também tem uma carreira de cantor, decidiu finalmente tomar um posicionamento quanto à perseguição ao padre Júlio Lancellotti, que vem sendo alvo da extrema direita paulistana. A manifestação ocorreu após intensas reivindicações dos fiéis e usuários das redes sociais.
Na noite de quinta-feira (4), Fábio de Melo compartilhou em seu Instagram uma nota emitida pela Arquidiocese de São Paulo em apoio a Júlio Lancellotti, e disse: 'A @arquidiocesedesaopaulo emitiu uma nota oficial para tratar dos assuntos que envolvem a atual situação do @padrejulio.lancellotti. Conheci o padre Júlio quando eu ainda era seminarista, na Pastoral Carcerária. Ao longo dos anos, em campanhas específicas, ajudei e divulguei o seu trabalho social. Recentemente falei com ele, prestei minha solidariedade. Neste momento, peço que Deus o fortaleça, que o conduza, e que tudo se esclareça o mais rápido possível'.
Segundo a nota divulgada pela Arquidiocese de São Paulo, o vereador Rubinho Nunes (União), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), tem articulado junto à cúpula da Câmara Municipal de São Paulo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham com pessoas em situação de rua.
O principal alvo desta comissão é o trabalho do padre Júlio Lancellotti no centro da capital, especificamente na cracolândia, e sua relação com essas entidades. O religioso é conhecido nacional e internacionalmente pelo seu trabalho de acolhimento aos mais vulneráveis.
A arquidiocese, por meio do comunicado oficial, expressou sua perplexidade diante da perseguição ao Padre Júlio através da abertura da CPI. 'Na qualidade de Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua, Padre Júlio exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade', afirma a circunscrição da Igreja Católica.
A entidade religiosa enfatizou a importância de que as ações de misericórdia para com os mais pobres e sofredores da sociedade continuem sendo feitas em nome da Igreja.
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