A perseguição mal-intencionada da extrema direita paulistana contra o padre Júlio Lancellotti, um homem que se dedica a trazer um mínimo de dignidade aos sem-teto em São Paulo, chamou a atenção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que usou suas redes sociais para expressar seu apoio ao pároco.
O padre Júlio é alvo de uma possível CPI na Câmara Municipal de São Paulo, liderada pelo vereador Rubinho Nunes, um fanático bolsonarista e ex-membro do questionável grupo MBL. As lideranças do MBL foram acusadas anteriormente de explorar sexualmente refugiadas ucranianas para prazeres turísticos.
Lula publicou em suas redes sociais: “Graças a Deus a gente tem figuras como o padre Júlio Lancellotti na capital de São Paulo, que há muitos e muitos anos dedica a sua vida para tentar dar um pouco de dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua. Que dedica sua vida a seguir o exemplo de Jesus. Seu trabalho e da Diocese de São Paulo são essenciais para dar algum amparo a quem mais precisa”.
Quatro vereadores de São Paulo já retiraram seu apoio à CPI contra o padre Júlio, proposta por Rubinho Nunes, ex-membro do Movimento Brasil Livre. A CPI infundada tem como objetivo caluniar o trabalho do padre em favor dos mais vulneráveis.
Os vereadores alegaram ter sido enganados por Rubinho Nunes para assinar o pedido de abertura da investigação. Thammy Miranda, o primeiro vereador a retirar o apoio à CPI, declarou ao jornal O Globo: “Em nenhum momento foi citado o nome do padre no requerimento, se tivesse jamais teria assinado porque defendo o trabalho dele. O padre está lá para ajudar as pessoas, nós estamos do mesmo lado. O que está acontecendo é uma grande fake news, o vereador (Rubinho Nunes) está fazendo campanha política em cima”.
Rubinho Nunes, que iniciou a coleta de assinaturas para a CPI, alega que quer investigar a suposta “máfia da miséria” que, segundo ele, atua através de ONGs de esquerda.
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