O congresso ‘Consciência Cristã’, realizado em Campina Grande, estado da Paraíba, decidiu cancelar a participação do americano Douglas Wilson, líder da Igreja de Cristo. A justificativa é que o pastor é acusado de defender a supremacia branca e, até mesmo, a escravidão, a partir de passages da bíblia.
Wilson é conhecido por ser um apoiador fervoroso do ex-presidente Donald Trump. O pastor publicou recentemente dois livros que buscam eliminar o 'estigma' associado ao escravismo no sul dos Estados Unidos, região conhecida por sofrer grande influência da extrema-direita sob os governos locais.
Wilson defende, por exemplo, que a vitória do Norte abolicionista impediu que os africanos escravizados fossem levados ao estado da Virgínia, onde, segundo ele, encontrariam ‘mestres piedosos’. Sua produção acadêmica está repleta de tentativas de apresentar a escravidão de forma positiva.
Na quarta-feira, 17 de fevereiro, Euder Faber, presidente da organização do evento, informou em nota que a decisão de cancelar a presença de Wilson ocorreu após ‘polêmicas acerca de suas interpretações sobre a delicada questão da escravidão’. Além disso, destacou que o cancelamento era necessário para prevenir qualquer incitação ao ódio e evitar uma possível escalada de violência contra os participantes.
Apesar do cancelamento, Faber criticou a situação, argumentando que a medida restringe a capacidade de Wilson se defender e corresponder às acusações. O presidente da organização afirmou também que tomará as possíveis ações legais em resposta às acusações.
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