No próximo encontro de acionistas, a Apple, uma das maiores organizações valorizadas no mundo, apresentará uma composição igualitária em seu Conselho de Administração, com quatro homens e quatro mulheres. Isso acontecerá caso os acionistas confirmem a proposta, tornando a Apple a única gigante tech, considerando também Microsoft, Alphabet e Amazon, a conseguir tal façanha.
A empresa comandada por Tim Cook está avançando consideravelmente nessa questão, pois até agora, o conselho era predominantemente masculino, com o dobro de homens em relação às mulheres. Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA e membro do conselho desde 2003, e James Bell, ex-diretor financeiro da Boeing no conselho desde 2015, ambos na faixa dos 75 anos, estão deixando seus cargos.
A direção da Apple sugeriu a nomeação de Wanda Austin, de 69 anos, ex-CEO da The Aerospace Corporation. Wanda tem uma vasta trajetória na ciência e tecnologia, além de um reconhecimento expressivo na promoção da inovação e no planejamento de estratégias corporativas. 'Wanda passou décadas promovendo avanços na tecnologia para a humanidade, e estamos empolgados em recebê-la no conselho de administração da Apple', anunciou Tim Cook, CEO da Apple.
Com a admissão de Wanda Austin, o conselho da Apple é agora formado por oito membros, quatro homens e quatro mulheres. Para além da paridade de gênero, as Big techs possuem um quadro distinto: o Conselho da Microsoft possui sete homens e cinco mulheres, assim como a Amazon; a Meta tem cinco homens e quatro mulheres; já o Conselho da Alphabet, que controla o Google, é composto por oito homens e apenas três mulheres, segundo as últimas nomeações das empresas na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
A remuneração do CEO Tim Cook diminuiu no último ano. No entanto, após exceder as metas estabelecidas, Cook recebeu US$ 63,2 milhões (cerca de R$ 306,7 milhões) no ano fiscal de 2023, 36,4% menos que os US$ 99,4 milhões (cerca de R$ 482,5 milhões) recebidos em 2022. No entanto, nem tudo são perdas: Cook mantém 3,28 milhões de ações da Apple avaliadas em cerca de US$ 610 milhões (cerca de R$ 2,9 bilhões), sem considerar opções e bonificações de ações.
Os acionistas apresentam propostas que buscam maiores transparências no uso da inteligência artificial, solicitando que a Apple divulgue um relatório de como emprega essa tecnologia em suas operações comerciais e diretrizes éticas adotadas em relação ao uso de IA. Contudo, o conselho da Apple sugere um voto 'contra' a essa proposta, justificando que sua maneira de lidar com as questões éticas já é consistente e que dispensa previsibilidade.
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