CRIME DE RICO ESPORTE

Pistorius, ex-atleta condenado por assassinato, ganha liberdade condicional

O ex-atleta paraolímpico Oscar Pistorius, condenado a 13 anos por assassinar sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, saiu da prisão em liberdade condicional após cumprir quase 9 anos de sua pena.

Oscar Pistorius, ex-atleta paraolímpico, deixou a prisão na última sexta-feira, após ter cumprido quase 9 dos 13 anos de sua sentença pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp, sua namorada, na África do Sul. Inicialmente, Pistorius foi condenado a cinco anos por homicídio culposo, sem intenção de matar, em 2014. A sentença foi aumentada duas vezes após recursos da promotoria, alcançando um total de 13 anos e cinco meses.

Em março do último ano, o ex-atleta, também conhecido como 'Blade Runner', foi capaz de solicitar sua liberdade condicional, devido ter cumprido metade de sua sentença sem contratempos. A solicitação foi acatada pelo Conselho de Supervisão Correcional e Liberdade Condicional em novembro do mesmo ano, parte do programa de 'Justiça Restaurativa', que busca integrar novamente o detento à sociedade.

Sair da prisão, no entanto, não coloca um ponto final na pena de Pistorius. Agora, ele deve cumprir o restante de sua sentença através do sistema penitenciário comunitário, onde deve participar de sessões de terapia para controle da raiva e frequentar cursos sobre violência de gênero.

Pistorius disparou quatro tiros contra a porta do banheiro de sua casa em Pretória, matando Reeva, que estava do outro lado da porta trancada, em 14 de fevereiro de 2013. Ele defendeu-se dizendo que achou que havia um invasor no banheiro, porém, as acusações afirmam que o crime ocorreu logo após um intenso desentendimento entre o casal, no Dia dos Namorados.

De agora em diante, o ex-atleta precisa estar em casa nos horários determinados pelo Departamento de Serviços Correcionais, tem proibição de consumo de álcool e substâncias ilícitas e não pode conceder entrevistas à imprensa. Essas condições devem ser seguidas até o ano de 2029, ano da expiração da condenação.

A mãe de Reeva, June Steenkamp, afirma que não perdoa 'a morte de Reeva, ou a forma como ela morreu'. Ela não acredita na reabilitação de Pistorius, afirmando que reabilitação envolve acatar a verdade sobre o crime e suas consequências. Ela está preocupada com a segurança de outras mulheres e possíveis reações do ex-atleta.

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