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Plano de Segurança para Evento do 8 de Janeiro é Firmado entre Justiça e GDF

A Justiça e o Governo do Distrito Federal estabeleceram um protocolo de segurança para o evento do 8 de janeiro, que marcará um ano do episódio extremista que atacou as sedes dos Três Poderes. O plano delineado irá coordenar a atuação de cada órgão no dia.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública e o GDF (Governo do Distrito Federal) estabeleceram nesta quinta-feira (4.jan.2024) um protocolo de segurança para o evento que ocorrerá no dia 8 de janeiro. Esta data marcará o primeiro aniversário do ataque extremista às sedes dos Três Poderes. O documento desenvolvido visa planejar a operação de cada órgão neste dia.

O anúncio destas medidas foi feito em Brasília pelo ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, e pela governadora interina do DF, Celina Leão (PP). O governo local também informou que estará investindo R$ 3,6 milhões na segurança da capital, com a aquisição de 20 viaturas, armamento, drones e cartuchos.

O evento de 8 de Janeiro acontecerá na segunda-feira próxima (8.jan.2024) no Salão Negro do Congresso e contará com a presença de autoridades para recordar as invasões e vandalismo ocorridos no Palácio do Planalto, STF (Supremo Tribunal Federal), na Câmara dos Deputados e no Senado.

Investigações revelaram uma falha na mobilização da Polícia Militar do Distrito Federal, sugerindo que os policiais militares estavam cientes do aumento de tensão dias antes do episódio. O então governador Ibaneis Rocha (MDB) foi destituído logo após o evento pelo ministro Alexandre de Moraes, porém foi restituído em março.

As ações extremistas foram objeto de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) no Congresso Nacional, resultando em dois relatórios - um oficial e outro da oposição. A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) solicitou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do ex-ministro Braga Netto, do tenente-coronel Mauro Cid e de outros militares.

Os discursos no evento comemorativo, que contará com a presença dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigo Pacheco (Senado), Arthur Lira (Câmara) e Roberto Barroso (STF), deverão focar no fortalecimento da democracia e na unificação, apesar de possíveis críticas à oposição.

Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social, afirmou que os responsáveis pelo ato terrorista do 8 de Janeiro colocaram o país à beira do abismo e que devem ser punidos pelos seus atos. Ele sugeriu que a motivação deste ataque seria replicar a invasão do Capitólio norte-americano, que resultou na morte de cinco pessoas em janeiro de 2021.

Todos os 27 governadores, prefeitos de capitais, ministros e presidentes de tribunais superiores foram convidados para a cerimônia. Outros participantes esperados incluem deputados, senadores, ministros do TCU, presidentes de assembleias legislativas, membros do corpo diplomático estrangeiro, CEOs de estatais e bancos públicos, presidentes de sindicatos e de confederações patronais, e líderes de agências reguladoras e movimentos sociais.

O presidente Lula também convidou seus 38 ministros para o evento, classificando os ataques como uma tentativa de golpe contra a democracia e pedindo que todos os ministros de seu governo compareçam para apoiar o evento.

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