O membro do Partido Comunista de Israel e parlamentar pelo Knesset (Parlamento israelense), Ofer Cassif, expressou seu apoio ao processo enfrentado por Israel no Tribunal Penal Internacional em Haia neste domingo (7). Cassif criticou as políticas do atual governo da extrema direita e descreveu seu apoio ao processo como um 'dever constitucional' para com a sociedade israelense.
Impulsionado pelo governo sul-africano, a ação acusa Israel de 'genocídio contra o povo palestino em Gaza'. Cassif, ao condenar as ações que resultaram nesta acusação, afirmou que continuará sua luta pela 'existência moral da sociedade' e destacou que o patriotismo verdadeiro não significa 'guerras de vingança e apelos à destruição'.
O parlamentar causou discórdia no cenário político israelense. Sharon Nir, membro do Yisrael Beiteinu, criticou Cassif e sugeriu que ele deveria renunciar ao Parlamento, já que suas visões pareceriam estar mais alinhadas com os defensores do terrorismo.
Depois das críticas direcionadas a Israel pelos ataques em Gaza, Ofer Cassif foi suspenso do Parlamento por 45 dias. Ele se referiu à ofensiva como parte de um plano fascista. Agora, com seu recente apoio à ação judicial em Haia, membros do Israel Beitenu estão assinando uma petição para expulsá-lo do Knesset.
Cassif foi o primeiro israelense preso ao se recusar a servir nos Territórios Ocupados durante a Primeira Intifada e trabalhou como assistente parlamentar de Meir Vilner, uma das lideranças do Partido Comunista. Com as críticas feitas às políticas de ocupação de Israel e ao primeiro-ministro Netanyahu, ele se tornou um alvo de violência policial e ameaças de morte.
Israel é uma democracia parlamentar presidida por Isaac 'Bougie' Herzog, que assumiu o cargo em junho de 2021. O primeiro-ministro do país é Benjamin Netanyahu, incumbido de formar um novo governo em novembro de 2022. Netanyahu, que está no cargo por mais tempo, foi eleito para seu sexto mandato com o apoio de seis partidos, incluindo partidos de extrema direita e ultraortodoxos e formou o governo considerado o mais conservador e religioso da história de Israel.
Segundo fontes do Ópera Mundi, Benjamin Netanyahu prometeu buscar a unidade nacional após uma eleição que gerou preocupações internas e internacionais devido à crescente influência de grupos de extrema direita. Ele uniu candidatos de extrema direita, como Itamar Ben-Gvir, sob uma única bandeira e se comprometeu a formar o governo mais conservador e religioso na história de Israel.
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