Comemorando um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, alertou sobre a necessidade de regular as plataformas digitais. Ele criticou o modo como as gigantes da tecnologia, também conhecidas como 'big techs', estão sendo usadas como ferramentas de um populismo digital extremista, que ele considera uma ameaça significativa à democracia moderna.
Ao discutir o problema, Moraes apontou que as recentes inovações tecnológicas, combinadas com o aumento do uso das redes sociais e ferramentas de inteligência artificial, amplificaram a disseminação de desinformação e discursos de ódio. Ele pediu a 'neutralização' deste ambiente e responsabilização das empresas por permitir tais comportamentos.
Moraes enfatizou que a falta de regulação e de transparência colocava os usuários à mercê de manipulações políticas que poderia abrir caminho para futuros ditadores. Ele declarou que os métodos em questão são 'os mesmos usados pelos regimes nazistas e fascistas no início do século 20', e o uso indevido das 'big techs' vem ocorrendo há mais de uma década sem o devido escrutínio.
O presidente do TSE fez questão de lembrar que as pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro estão sendo investigadas. Ele ressaltou: 'Absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia serão devidamente investigados, processados e punidos na medida de suas responsabilidades'. Moraes reforçou que ignorar este ataque à democracia seria como encorajar outros grupos extremistas a cometerem atos semelhantes no futuro.
Moraes finalize ressaltando a vitória da democracia e a prevalência do Estado constitucional. Ele aproveitou a oportunidade para fazer uma homenagem à ex-presidente do STF Rosa Weber, elogiando sua coragem, competência e genuíno senso de liderança ao lidar com a crise.
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