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Promotora que investigava caso Marielle e milícias cariocas foi espionada por ‘Abin de Bolsonaro’

A promotora Simone Sibilio, que liderou a força-tarefa responsável pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, além atuar nas ações contra milícias do Rio de Janeiro, foi vítima de espionagem durante o governo de Jair Bolsonaro.

Os recentes desdobramentos da Operação Vigilância Permanente, realizada pela Polícia Federal, revelaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para propósitos pessoais e ilícitos.

Informações surgidas após a ação da Polícia Federal apontam que a promotora Simone Sibilio, que conduziu a investigação do assassinato da então vereadora Marielle Franco, foi alvo dessa espionagem ilegal. Porém, as ações de Sibilio vão além do caso Marielle.

A promotora também era responsável por investigar as atividades de milícias no Rio de Janeiro, sendo uma forte opositora dessas organizações criminosas que mantém nítida aliança com o bolsonarismo.

Sibilio esteve à frente de casos marcantes, como a Operação Intocáveis, a maior ação já realizada contra os chefes de milícias nos bairros de Rio das Pedras e Muzema, na região Oeste do Rio de Janeiro. Adriano da Nóbrega, conhecido miliciano próximo à família Bolsonaro, foi indiciado ao final dessa operação.

A promotora também investigou o Escritório do Crime, grupo liderado por Adriano da Nóbrega, que é apontado como autor de vários homicídios e foi pessoalmente homenageado por Jair Bolsonaro e por um de seus filhos.

Um outro caso investigado por Sibilio era o da milícia comandada por Orlando Curicica, ex-policial militar condenado a mais de 25 anos de prisão. Essa milícia tem ligação com uma série de execuções realizadas na região do Rio de Janeiro, relacionadas à guerra do jogo do bicho e das máquinas caça-níquel.

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