MUNDO POLÍTICA

Putin promete acelerar ataques à Ucrânia em resposta a agressão em Belgorod

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu intensificar os ataques à Ucrânia em resposta a um ataque de mísseis que atingiu a cidade de Belgorod, levando à morte de 25 pessoas e deixando mais de 100 feridas. Putin condenou a ação como um 'ato de terrorismo'.

Em suas primeiras declarações do ano, o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu intensificar os ataques contra a Ucrânia, após a cidade russa de Belgorod ser atingida por mísseis ucranianos que resultaram na morte de 25 pessoas e mais de 100 feridos. Putin descreveu a ação como um 'ato de terrorismo'.

'O que aconteceu em Belgorod é, obviamente, um ato terrorista. Porque sob a cobertura de dois mísseis Vilkha, dispararam de vários sistemas de lançamento de foguetes bem no centro da cidade, onde as pessoas estão caminhando na frente do Ano Novo', disse Putin durante um encontro com militares envolvidos na guerra na Ucrânia, conhecida pelo governo russo como 'operação militar especial'.

Putin também criticou Kiev por tentar intimidar a Rússia, e prometeu atacar em resposta. Ele disse que os alvos dos ataques não incluiriam estruturas civis. Imediatamente após sua declaração, foram acionados alertas de ataque aéreo em toda a Ucrânia. 'Nós, pela nossa parte, vamos aumentar os ataques. Nem um único crime desse tipo, e este é, claro, um crime contra a população civil, ficará impune', prometeu Putin.

A cidade de Donetsk, ocupada pelos russos, também passou por ataques que deixaram quatro mortos e 12 feridos, segundo Dennis Pushilin, chefe da autodeclarada República Popular de Donetsk. 'Acredito que foi tomada a decisão acertada de nem sequer instalar uma árvore de Natal, para não arriscar a segurança dos cidadãos. Caso contrário, teria havido muito mais gente na praça no momento do bombardeamento, e isso poderia ter levado a um número desproporcionalmente grande de mortos e feridos', comentou Pushilin.

Antes do ataque a Belgorod, a Rússia já havia lançado um dos maiores bombardeios à Ucrânia desde o início da guerra. O ataque deixou quase 40 mortos e resultou em danos consideráveis, inclusive em hospitais e prédios residenciais. Especialistas consideram que essa será a rotina da guerra nos próximos meses de inverno, quando os combates por terra se tornam mais complicados devido ao clima e condições de terreno. Putin, com o apoio do Irã e da Coreia do Norte, acumulou um arsenal de mísseis e foguetes significativo, capaz de aumentar a frequência de ataques contundentes.

Em um discurso no Ano Novo, Putin fez uma breve menção à guerra no país vizinho, falando principalmente aos soldados na linha de frente. 'Hoje gostaria de me dirigir aos nossos militares - todos os que estão num posto de combate, na linha da frente da luta pela verdade e pela justiça. Você são nossos heróis. Nossos corações estão com vocês. Estamos orgulhosos de vocês e admiramos a sua coragem', afirmou Putin.

Com as eleições chegando em março, Putin pode esconder seu viés eleitoral não apenas na luta na Ucrânia, mas também em seu endosso às famílias e à sociedade russa na época das festas. Como não há adversários em potencial disponíveis para disputar contra ele, a eleição é vista como uma mera formalidade na Rússia. Alexei Navalny, um potencial adversário, está atualmente cumprindo uma sentença em uma colônia penal no Ártico.

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