Carlos Bolsonaro, vereador sem partido do RJ e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal, acusado de participar em esquemas ilegais de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Não é a primeira vez que o vereador está sob suspeita. Ele já foi investigado por suspeitas de cometer a 'rachadinha' em seu gabinete e de ser o mentor de um sistema de divulgação de notícias falsas.
Durante o mandato do pai na Presidência, Carlos supostamente recebeu informações da Abin de forma ilícita, sendo os dados coletados clandestinamente. A investigação sobre este caso começou depois que um programa usado para monitorar o celular de milhares de pessoas durante a administração Bolsonaro foi exposto em março do ano passado. A Polícia Federal já realizou busca e apreensão em vários endereços ligados a Carlos Bolsonaro, incluindo sua residência e escritório político.
O deputado Alexandre Ramagem (PL), então diretor da Abin, é suspeito de fornecer as informações a Carlos e também está sob investigação. O vereador já deu seu depoimento à Polícia Federal relacionado a uma outra investigação sobre o esquema conhecido como 'gabinete do ódio', acusado de disseminar mensagens antidemocráticas nas redes sociais.
Além dessas investigações, o vereador carioca é alvo de pelo menos outros dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionados à disseminação de notícias falsas e milícias virtuais. A seu respeito, Carlos sempre negou as acusações e disse, em outubro do ano passado, que os inquéritos das fake news foram 'prolongados sem chegar a lugar nenhum, sem provar nada'.
Fora do círculo federal, Carlos Bolsonaro também foi investigado pelo Ministério Público do Rio em 2019 por possíveis denúncias de uso de servidores fantasmas e da prática de 'rachadinha' em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
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