A comédia 'Minha Irmã e Eu', dirigida por Susana Garcia e estrelada por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck, chegou à marca de 1 milhão de espectadores, sendo a primeira produção nacional a alcançar tal número desde 'Minha Mãe é uma Peça 3' em 2019. No entanto, ainda estamos abaixo dos números pré-pandemia. Para ter uma ideia, o filme com Paulo Gustavo vendeu mais de 11 milhões de ingressos, tornando-se o título mais assistido na história do cinema brasileiro.
Ingrid Guimarães comentou a conquista, 'Eu tinha receio dos números, que estavam fracos depois da pandemia. Venho de um cinema em que fazíamos quatro ou cinco milhões. Então fiquei apreensiva de que esse um milhão agora fosse um desejo distante. Mas sonhei muito'.
Com a promessa de recriação da lei de cota de telas, que exige um número mínimo de sessões de filmes brasileiros em cinemas, a esperança é que mais produções nacionais possam atingir um público maior. Infelizmente, nos últimos anos, o cinema nacional tem sofrido devido à concorrência contra filmes estrangeiros. Segundo dados da ANCINE, nenhum filme brasileiro lançado entre 2019 a 2023 figurou entre as 20 maiores bilheterias nacionais.
Os números mostram que entre 2019 e 2020, foram exibidos 172 filmes estrangeiros a mais do que obras nacionais. A partir de 2021, esse número aumentou para 247. Com a nova lei, que está prestes a ser sancionada pelo presidente Lula, espera-se reverter essa disparidade e dar ao cinema nacional o impulso que tanto precisa.
Devido à ausência de uma política de quotas, o cinema nacional quase não tem existência. Os filmes nacionais são relegados a sessões que ocorrem antes das quatro da tarde, horário em que os cinemas ficam mais vazios.
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