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Renúncia do irmão de Cláudio Castro, alvo de busca e apreensão pelo PF

Vinícius Sarciá Rocha, irmão adotivo do governador Cláudio Castro, renunciou ao posto de presidente do Conselho de Administração da Agência de Fomento do Rio (Age-Rio), poucos dias depois de ser alvo de uma operação da Polícia Federal.

Vinícius Sarciá Rocha, considerado irmão de criação do governador Cláudio Castro, renunciou ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Agência de Fomento do Rio (Age-Rio), na última terça-feira (23).

Essa renúncia ocorreu menos de um mês após Rocha ser alvo de buscas e apreensões da Polícia Federal (PF), por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O vice-presidente da entidade, Tales José do Coutto Boiteux, assumirá a presidência interinamente, conforme informado no Diário Oficial desta quarta-feira (24).

Na ocasião das buscas, a PF encontrou R$ 128 mil e US$ 7,5 mil (aproximadamente R$ 160 mil) em dinheiro na residência de Sarciá. Parte do dinheiro estava escondido em caixas de remédio. A PF também confiscou várias anotações e planilhas que detalham nomes, valores e porcentagens. A defesa de Sarciá argue que essa quantia está declarada na Receita.

De acordo com a Polícia Federal, evidências sugerem a ocorrência de fraudes em programas assistenciais do estado. 'Identificamos pagamentos de vantagens ilícitas que variam de 5% a 25% dos valores contratuais na área de assistência social, totalizando mais de R$ 70 milhões', afirmou a PF.

Além de Sarciá, Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, diretor de Governança Socioambiental da Cedae, também foram alvos de buscas. Enquanto Cláudio Castro não foi alvo das buscas, ele está sendo investigado.

A Operação Sétimo Mandamento da PF investiga crimes de organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, supostamente cometidos na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre 2017 e 2020.

Em Abril, o ministro Raul Araújo, do STJ, autorizou a abertura de um inquérito da PF para investigar Castro por sua suposta participação em um esquema de corrupção na época em que era vereador e vice-governador - também entre 2017 e 2020.

Com base nas investigações da PF, que fizeram parte da operação desta quarta, 'a organização criminosa infiltrou-se nos setores públicos assistenciais do estado e cometou fraude em licitações e contratos administrativos, desvio de recursos públicos e pagamentos de propinas aos envolvidos nos esquemas'.

Esta ação é um desdobramento da investigação da Operação Catarata, realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em 2020, que investigou um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII, uma instituição estadual responsável por políticas de assistência social.

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