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“responsabilidade de Bolsonaro é inequívoca”, diz Gilmar Mendes

As palavras do ministro da Suprema Corte vão ao encontro das do Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, quem afirmou não haver um líder para negociar no dia 8 de Janeiro de 2023.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, não poupou palavras ao ligar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos atos golpistas que ocorreram em 8 de Janeiro de 2023, resultando na depredação do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. A afirmação foi feita em entrevista concedida à Agência France Presse (AFP).

O ministro reforça que a 'responsabilidade política é inequívoca' de Bolsonaro, ainda que prefira medir suas palavras, visto que o caso ainda passa por julgamento. Contudo, suas afirmações representam um contraste marcante à entrevista do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que foi duramente criticado por Lindbergh Farias (PT-RJ) após admitir que membros das Forças Armadas apoiavam o golpe.

Gilmar Mendes vai além e sugere que, durante o mandato de Bolsonaro, o ex-presidente incentivava algum tipo de anarquia, especialmente em relação às forças policiais. O ministro do STF acredita que os militares não retiraram os invasores dos prédios justamente por estimulos partindo da própria presidência.

Em conversa com o jornal O Globo, o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, eximiu as Forças Armadas como instituição do ocorrido em 8 de Janeiro, mas admitiu que haviam membros dispostos a unir-se aos apoiadores de Bolsonaro. Múcio acrescentou que defendeu a retirada pacífica dos manifestantes para evitar conflitos dentro das Forças Armadas.

O mesmo ministro confirmou que o comandante do Exército na época, general Júlio César de Arruda, foi decidido em não permitir a entrada da Polícia Federal no acampamento golpista, que estava sob a responsabilidade dos militares. A negociação só permitiu a entrada da PF na manhã do dia seguinte, 9 de janeiro.

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