O caso Marielle Franco, que ganhou destaque internacional, apresenta um novo capítulo intrigante. Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de executar a vereadora e seu motorista Anderson Gomes, fez uma delação à Polícia Federal, apontando Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, como um dos mandantes do crime.
Segundo informações obtidas pelo Intercept Brasil, Lessa revelou detalhes sobre a participação de Brazão no planejamento do atentado que chocou o Brasil em 2018. A delação ainda aguarda homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma vez que Brazão possui foro privilegiado.
Domingos Brazão, que já figurava como suspeito no caso e chegou a ser acusado formalmente pela Procuradoria-Geral da República de obstruir as investigações, é apontado como um dos possíveis mentores do assassinato de Marielle. A motivação, de acordo com informações levantadas, estaria relacionada a questões políticas e vingança.
A história entre Domingos Brazão e Marielle Franco remonta aos embates políticos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde Brazão, ex-filiado ao MDB, e o então deputado estadual Marcelo Freixo, hoje no PT, tinham desavenças. Marielle, que trabalhou por 10 anos com Freixo, acabou sendo eleita vereadora em 2016.
O ex-policial militar Élcio de Queiroz, também envolvido no caso, já havia feito uma delação em 2023, confessando sua participação no atentado. A trama ganha contornos políticos e revela uma intricada teia de interesses por trás do crime que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes.
O desdobramento desse caso emblemático levanta questões sobre os bastidores políticos e a complexidade das relações que envolvem o assassinato de figuras públicas.
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