Conforme já foi previsto, o samba da Mocidade Independente de Padre Miguel é um dos hits para o próximo carnaval. Ele se tornou a música mais ouvida no Rio, superando, inclusive, Filipe Ret e MC Cabelinho nas plataformas de streaming. A melodia é considerada uma das melhores do ano e seu refrão, assinado por Marcelo Adnet, contagia: “Meu caju, meu cajueiro / Pede um cheiro que eu dou / O puro suco do fruto do meu amor / É sensual, esse delírio febril / A Mocidade é a cara do Brasil”. A letra tem um duplo sentido político que tem ajudado no engajamento.
A Acadêmicos do Salgueiro faz sucesso ao abordar de forma direta a mortandade dos ianomamis, no enredo 'Hutukara'. A Grande Rio investiu no folclore amazônico do enredo 'Nosso destino é ser onça'. A Imperatriz Leopoldinense, campeã no último carnaval, canta 'Com a sorte virada pra Lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda'.
Um clássico composto por Martinho da Vila para o carnaval de 1993, 'Gbalá: viagem ao templo da criação, é a escolha da Vila Isabel. A ritmo cadenciado da música promete desafiar a escola em um desfile. Nos últimos carnavais, a Unidos do Viradouro se destacou e, agora, defende o samba 'Arroboboi, dangbé', que aborda uma lenda africana.
Assim, na sequência, vem o samba da Porto da Pedra, 'Lunário Perpétuo', e a Mangueira presta homenagem a Alcione. A Beija-Flor homenageou Alagoas em 'Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila'. Paraíso do Tuiuti traz o samba 'Glória ao Almirante Negro'. A Portela canta 'Um defeito de cor', e a Unidos da Tijuca tenta mesclar Brasil e Portugal em 'O conto de fados', sambas que enfrentam críticas pela qualidade das letras.
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