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STF convoca Heleno para explicações sobre suposta Abin alternativa!

Magistrados avaliam que as investigações logo alcançarão o topo da hierarquia da espionagem da Abin, chegando ao gabinete presidencial.

No decorrer da última semana, a Polícia Federal fez ações de busca contra indivíduos da Abin e delegados federais suspeitos de terem se associado a Alexandre Ramagem, que foi líder do serviço secreto durante o governo de Jair Bolsonaro. De acordo com as suspeitas, eles teriam espionado opositores do bolsonarismo e beneficiado os filhos do ex-presidente em investigações.

Os detalhes descobertos pelos investigadores levaram a Polícia Federal a solicitar a suspensão do mandato de deputado federal de Ramagem, acusado de ter utilizado sua posição na Câmara para acessar elementos da investigação na qual é apontado como 'o principal investigado' nas palavras da própria PF.

Ramagem teve seu primeiro contato com a família Bolsonaro como segurança durante a campanha presidencial de 2018. Dessa função, ele teria sido promovido a chefe da PF, se não fosse pelo veto de Alexandre de Moraes, que percebeu sinais claros de interferência política na instituição. Ramagem acabou sendo nomeado para a chefia da Abin, onde é acusado pela PF de realizar várias ilegalidades.

Até o momento, os nomes de Bolsonaro e do superior de Ramagem no governo, general Augusto Heleno, não tiveram destaque. Vários ministros do STF acreditam que isso é só uma questão de tempo. A lista de ações ilegais e alvos de Ramagem indica os reais interessados e beneficiados pela espionagem.

'Bolsonaro admitiu em diversos momentos de seu mandato que tinha seu serviço informal de informação. O Heleno, que agora está sumido, como chefe do GSI, permitiu que tudo isso acontecesse. Heleno precisa explicar, mas sabemos que ele não vai. As investigações falarão por ele e por Bolsonaro, que está no centro disso e de outros episódios tristes da República', afirma um ministro do STF.

Os membros do Supremo contatados não falam publicamente sobre as investigações, uma vez que decidirão sobre o caso conduzido por Moraes no tribunal no futuro.

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