O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que as câmeras nas fardas dos policiais militares não garantem uma segurança efetiva para os cidadãos. Ele revelou em entrevista ao Bom Dia SP que sua gestão não planeja adquirir novos equipamentos.
Um estudo da FGV do final de 2022 mostrou que o uso das câmeras nos uniformes dos PMs em São Paulo evitou 104 mortes, fazendo com que a letalidade policial atingisse o menor índice já registrado. Uma pesquisa divulgada pela GloboNews revelou que, após a implantação das câmeras, houve uma queda de 30% nas detenções de policiais.
Durante a entrevista, Tarcísio defendeu a contratação de mais policiais, bem como investimento em tecnologia, mas especificamente não nos uniformes. Ele revelou planos de aumentar o efetivo com mais cinco mil homens no centro de São Paulo, além de 500 novas viaturas.
'Se existe mais policiamento ostensivo, há menos abordagens, já que isso dissuade crimes. Além disso, pretendemos investir mais em iluminação pública para afastar criminosos', declarou. O governador também mencionou suas conversas com outros governadores, onde discutem a necessidade de endurecer a legislação penal, aumentando assim o risco da criminalidade.
No final do ano passado, a gestão de Tarcísio cortou R$ 98 milhões em ações de segurança pública, deixando de lado programas importantes como o Olho Vivo, que é responsável pelas câmeras usadas pelos PMs. Foram retirados R$ 15 milhões do orçamento do programa de 2023, uma redução de cerca de 10% no total destinado à manutenção das câmeras.
O programa Olho Vivo foi implantado em agosto de 2020 e começou com 585 câmeras corporais nos coletes dos PMs. Até o final do mandato de Doria e Garcia, em dezembro de 2022, a corporação contava com 10 mil equipamentos disponíveis.
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