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Thammy Miranda alega ser vítima de ‘Fake News’ após polêmica envolvendo padre Júlio Lancellotti

Na Câmara de São Paulo, o fundador do MBL reuniu assinaturas para a CPI direcionada às ONGs que operam na Cracolândia, incluindo a do padre Júlio Lancellotti. Thammy garante que irá revogar seu apoio e afirma que não sabia das intenções de investigar o trabalho do religioso.

O vereador de São Paulo, Thammy Miranda (PL), usou desta quinta-feira para explicar sua decisão de apoiar a CPI das ONGs que tem como foco a atuação filantrópica na Paróquia de São Miguel Arcanjo na Cracolândia, do padre Júlio Lancellotti. Miranda, que é filho da cantora Gretchen, em uma entrevista ao GLOBO, alegou que não sabia que o trabalho do padre seria investigado e que se soubesse, não teria assinado a proposta.

- Em nenhum momento o nome do padre foi mencionado no requerimento. Jamais teria assinado se soubesse, pois eu defendo o trabalho dele - disse Thammy. Ele também disse que o padre está lá para ajudar as pessoas e que ele também está do mesmo lado. Segundo Miranda, o vereador Rubinho Nunes está apenas tentando se promover politicamente com a ação.

Thammy Miranda também elogiou o trabalho de Júlio Lancellotti e expressou que esperava ter o apoio do padre na causa social da região central de São Paulo:

- Acredito que 90% dos vereadores que assinaram não são contra o padre. Assinaram com a intenção de proteger os usuários e as pessoas que moram ali. Nossa intenção é proteger e esperávamos contar com a ajuda do padre - salientou.

Apesar de basear-se no prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi candidato do então presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais, o vereador do PL nega ser um parlamentar conservador. Após saber que a CPI tem como alvo o padre Júlio Lancellotti, Thammy informou que fará um requerimento para retirar seu apoio.

Na manhã desta quinta-feira, o nome do vereador esteve entre os temas mais comentados do X (ex-Twitter), sob acusações de que ele teria traído o padre. Durante um ataque polêmico à Thammy por políticos de extrema direita, como o então deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o padre Júlio saiu em sua defesa.

- O que ofende a tal moral cristã? O pai trans que cuida do filho ou o abandono, a fome, o desrespeito, o veto ao auxílio emergencial às mães que criam seus filhos sozinhas? - questionou o padre, diante dos ataques transfóbicos.

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