Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, mencionou Adolf Hitler (1889-1945) ao autorizar a operação de busca e apreensão contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), que ocorreu na última quinta-feira (18.jan.2024). Ele argumentou que todos aqueles que participarem em atos antidemocráticos, como os de 8 de Janeiro, serão responsabilizados.
'A Democracia brasileira não irá mais suportar a ignóbil política de apaziguamento, cujo fracasso foi amplamente demonstrado na tentativa de acordo do então primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain com Adolf Hitler,' disse Moraes. Você pode conferir a decisão completa de 2024 nesse link (PDF – 264 kB).
Já não é a primeira vez que Moraes cita Hitler e o ex-primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain (1869-1940). Ele usou a mesma comparação em uma decisão de janeiro de 2023, quando decidiu pelo afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), um dia após os atos extremistas de 8 de Janeiro.
'Os agentes públicos (atuais e anteriores) que continuarem a se portar dolosamente dessa maneira, pactuando covardemente com a quebra da Democracia e a instalação de um estado de exceção, serão responsabilizados, pois como ensinava Winston Churchill, ‘um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado,'' declarou Moraes na ocasião. A decisão completa de 2023 pode ser acessada aqui (PDF – 218 kB).
Os comentários de Moraes remetem a um episódio que ocorreu pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Chamberlain, então primeiro-ministro do Reino Unido, defendia uma política de apaziguamento e negociou a anexação de territórios pela Alemanha de Hitler, numa tentativa frustrada de evitar um novo conflito.
O tom das palavras de Moraes é crítico à estratégia de Chamberlain, ao mesmo tempo em que tece elogios a Churchill. Suas declarações permitem diferentes interpretações e questionamentos.
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