Um suposto esquema de espionagem ilegal, que teria sido organizado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a administração de Bolsonaro, inclusive focado em seus próprios aliados, seria operado pelo ex-diretor da agência, Alexandre Ramagem, e pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Esta 'Abin paralela' teria clandestinamente monitorado pelo menos 30 mil brasileiros.
Conforme as investigações da Polícia Federal (PF), que realizou operações de busca e apreensão contra Ramagem e Carlos Bolsonaro, o objetivo do esquema criminal seria espionar ilegalmente os oponentes da administração de Bolsonaro para fins pessoais. De acordo com fontes, Carlos Bolsonaro recebia informações da 'Abin paralela' sobre inquéritos e investigações envolvendo sua própria família.
No entanto, a reportagem do jornalista Túlio Amâncio, divulgada na última sexta-feira (2), revela que os aliados do governo Bolsonaro podem ter sido ilegalmente monitorados também. As informações foram obtidas por um repórter através de recursos ligados à investigação e um software espião de origem israelense usado no suposto esquema de espionagem ilegal.
Entre os espionados estariam ministros do antigo governo, governadores, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares e outras autoridades, incluindo o Senado (todos os oponentes que participaram da CPI da Covid), representantes federais e governadores.
Veja abaixo a relação dos monitorados pela "Abin paralela": Ministros de Bolsonaro Abraham Weintraub Anderson Torres Flávia Arruda General Carlos Alberto dos Santos Cruz
Ministros do STF: Luís Roberto Barroso Gilmar Mendes Alexandre de Moraes
Senadores (todos oposição que participaram da CPI da Covid): Otto Alencar Soraya Thronicke Renan Calheiros Rogério Carvalho Omar Aziz Humberto Costa Randolfe Rodrigues Simone Tebet Alessandro Vieira
Deputados Federais: Kim Kataguiri Alexandre Frota Rodrigo Maia
Governadores: Joao Doria Camilo Santana
Deixe um Comentário!